Na terceira parte da nossa rubrica sobre os destinos Disney falamos dos filmes do Renascimento Disney e dos locais reais que os inspiram.
Não há mundo mais mágico que o mundo criado pela Walt Disney Pictures. A maior empresa de entretenimento do mundo aposta anualmente num conjunto de filmes de animação, outros filmes live-action que retomam as premissas das suas clássicas fábulas – muitas vezes com reviravoltas surpreendentes -, sempre com o carimbo familiar. Nós também somos fãs renhidos desta indústria que tanto faz sonhar as crianças e os adultos e leva os seus espectadores à eterna fantasia. Mesmo assim, os filmes não são apenas inspirados em contos de fadas e são muitos os locais de filmes da Disney inspirados em lugares reais, que agora apresentamos nesta rubrica tão especial.
A nossa viagem pelos filmes e destinos Disney continua. Nesta terceira parte, falaremos dos locais reais que deves obrigatoriamente visitar caso sejas fã dos filmes do Renascimento da Disney, que decorreu ao longo da década de 1990. Mas porquê esta designação de “Renascimento”? O que aconteceu especificamente nesse período? Segue com a leitura do texto para conheceres mais sobre a maior empresa de entretenimento do mundo que a partir do dia 15 de setembro lança a sua plataforma de streaming em Portugal: a Disney+.
O Renascimento da Disney começou em 1989 e perdurou até aos inícios dos anos 2000, quando a animação tradicional criada pela Walt Disney voltaria a ser guardada na gaveta. O período retira o nome ao momento histórico mais transformador nas artes e no pensamento, decorrido entre meados do século XIV e o fim do século XVI. Tal como os artistas renascentistas consideraram como fonte de inspiração a arte greco-romana, também o Renascimento da Disney teve inspiração nas obras mais clássicas e até em algumas ideias já havia sido apresentadas em 1940, apesar de eventualmente descartadas pelo próprio Walt Disney.
Com a Renascença nos anos 90, a Disney conciliava as animações desenhadas totalmente à mão com a tecnologia CAPS, Computer Animation Production System, que “transferia” os desenhos feitos para os computadores da época, permitindo colori-los e até, eventualmente, incluir detalhes digitais. Quem é que não se lembra da sequência de dança de “A Bela e o Monstro”, de 1991, por exemplo, com um teto digital? A partir de então, a Disney voltava a cair nas boas graças do público e da crítica, sem nunca prescindir da música. Rosto crucial nesta transformação Disney foi mesmo o compositor estadunidense Alan Merken, aclamado por vários dos seus trabalhos e vencedor de 8 Óscares da Academia.
Mais tarde, em 2009, seria lançado “A Princesa e o Sapo“, um filme de animação tradicional entendido como pioneiro da segunda fase do Renascimento da Disney. Mais do que isso, é um filme em que a Disney começa a ser mais inclusiva, por apresentar a primeira princesa afro-americana das suas histórias.
A grande maioria destes filmes do Renascimento Disney estarão disponíveis na Disney+, assim como obras essenciais da Era Dourada do estúdio como “A Branca de Neve e os Sete Anões”, a primeira longa-metragem de animação lançada em 1937 ou “A Bela Adormecida”, um dos mais importantes filmes da história, que recorreu às técnicas de widescreen e foi a primeira longa-metragem de animação criada numa bobina de 70 mm.
Não te esqueças de prestar atenção às diferentes novidades da plataforma de streaming Disney+ e de ficar atento o nosso blog para conheceres os restantes artigos especiais sobre Destinos Disney.
Quais os locais reais dos filmes de animação do Renascimento Disney?
Apesar de retomar a animação 2D foram vários os locais reais que inspiraram os filmes do Renascimento da Disney, como por exemplo a aldeia de Alsácia, situada na região francesa do Grande Leste que faz fronteira com a Suíça e a Alemanha, país que também se faz sentir na cultura da região.
Os 5 filmes do Renascimento Disney apresentados abaixo são realmente imperdíveis. Deixa o teu comentário sobre qual destes filmes e locais ainda não viste ou visitaste, mas que pretendes fazer nos próximos tempos. 👇
A Bela e o Monstro (1991)

É um dos mais conhecidos contos de fadas e um dos mais bem sucedidos filmes de animação da Walt Disney. “A Bela e o Monstro” conta a história de uma bela rapariga que oferece a sua companhia a um monstro para salvar o pai das suas garras. Mas o monstro é na realidade um príncipe sob um feitiço que lhe lançaram por ser egoísta. Esse feitiço só será quebrado se alguém o amar verdadeiramente, apesar da sua aparência monstruosa. “A Bela e o Monstro” recebeu os Óscares de Melhor Música e Melhor Canção e foi nomeado (facto inédito num filme de animação) para Melhor Filme pela Academia de Hollywood.
Local a visitar: Paris pode esperar, afinal “A Bela e o Monstro” é inspirado na antiga região de Alsácia situada na França e mais especificamente em Riquewihr, uma das aldeias mais interessantes de descobrir, conhecida pelas suas casas, pelos vinhos e também pelas montanhas e natureza que deram a imagem perfeita para a história da humilde e emancipadora Bela. Riquewihr integra ainda a associação “Les Plus Beaux Villages de France”, fundada em 1982, cuja função é divulgar os locais mais pequenos e igualmente interessantes do país. Vem connosco e descobre todos os Destinos Disney.
Aladdin (1992)

Clássico dos estúdios Walt Disney. No coração de uma cidade encantada, um pequeno ladrão de rua chamado Aladdin e o seu fiel macaco, Abu, travam uma batalha para salvar a Princesa Jasmine. A vida do jovem Aladdin muda ao encontrar uma lâmpada mágica e libertar o divertido Génio. Mas o malvado Jafar, o conselheiro do rei, também deseja o poder desta lâmpada. De forma a poder casar com a bela Jasmine, Aladdin tem ainda de provar que é um verdadeiro príncipe.
Local a visitar: Não há dúvidas que o Palácio do Sultão onde vive o Sultão e a sua filha Jasmine, foi inspirado no famoso Taj Mahal um mausoléu em mármore situado em Agra, na Índia e que integra a lista das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. Tal como o Palácio do Sultão, o Taj Mahal é associado a uma história de amor: a do imperador Shah Jehan e da sua esposa popularmente conhecida como Mumtaz Mahal. Após o seu falecimento, que acontece quando Mumtaz deu à luz ao seu 14º filho, o Imperador decidiu construir este belíssimo palácio junto do túmulo da sua mulher. Não percas este destino Disney.
O Rei Leão (1994)

Nas Terras Altas de África, o rei Mufasa reina com sabedoria e generosidade, conquistando o respeito de cada membro do seu povo. Simba, a sua pequena cria, crescerá com saúde e, a seu tempo, tomará o seu lugar, respeitando o equilíbrio entre as várias formas de vida. Tudo parece pacífico à excepção do ressentido Scar, irmão de Mufasa, que sempre aspirou ascender ao trono. Na sua obsessão de se tornar rei, Scar é capaz de qualquer coisa e não se coibirá de eliminar o próprio irmão e a sua cria para atingir o seu objetivo…
Local a visitar: África não foi esquecida durante o Renascimento da Disney e caso sejas fã de “O Rei Leão”, recomendamos-te a visitar o Parque Serengeti, na Tanzânia. Este que é um dos melhores destinos Disney é Património Mundial da UNESCO, o Parque Serengeti tem mais de 13 mil metros quadrados, é apelidado de “A Terra dos Leões” e conta com várias espécies – 35 espécies de mamíferos e mais de 500 tipos de pássaros -, sendo mesmo um dos locais mais recheados de vida selvagem do planeta Terra. Todas as informações sobre o Parque podem ser conhecidas na sua página oficial.
O Corcunda de Notre Dame (1996)

Em 1482, a cidade de Paris é dominada pelo toque dos sinos da Catedral de Notre Dame. Mas ninguém imagina que quem toca os sinos é Quasímodo, um homem deformado. Com uma aparência repulsiva, Quasímodo sempre viveu no campanário, escondido dos olhares do mundo. Até ao dia em que se decide aventurar e conhece a bela cigana Esmeralda. Realizado por Gary Trousdale e Kirk Wise (“A Bela e o Monstro” e “Atlântida, o Continente Perdido”), “O Corcunda de Notre Dame” recria o ambiente medieval parisiense, do qual se destaca o magnífico trabalho de concepção da catedral de Notre Dame, em três dimensões. A produção desta longa-metragem de animação envolveu cerca de 700 artistas e técnicos. A banda sonora esteve a cargo de Alan Merken e Stephen Schwartz (“Pocahontas”), nomeados para o Óscar de melhor canção original. Destaque ainda para o nome das gárgulas: duas foram baptizadas de Victor e Hugo, numa homenagem ao autor do romance a partir do qual o filme foi adaptado, e a terceira foi apelidada de Laverne, a partir de uma das vocalistas das Andrew Sisters dos anos 40.
Local a visitar: Voltamos à França, desta vez para o centro histórico de Paris para a gigantesca Catedral de Notre Dame de estilo gótico e que é o local da narrativa do filme inspirado na obra de Victor Hugo. Construída durante dois séculos – os trabalhos iniciaram-se em 1163 e só terminariam em 1345 -, a Catedral de Notre-Dame foi construída em homenagem à Nossa Senhora na Ilha da Cidade, no coração do rio Sena. Infelizmente, parte da catedral desapareceu com um incêndio em abril de 2019, que destruiu a antiga estrutura do Pináculo. Curiosamente, também no filme da Disney, a catedral é afetada por um acidente. Afinal, a arte imita o cinema e o cinema imita a arte.
A Princesa e o Sapo (2009)

De Nova Orleães, cidade berço do jazz, chega-nos uma versão atualizada da conhecida história “A Princesa e o Sapo”. Desta vez as coisas acontecem um pouco ao contrário e, após o beijo fatal, é a bela rapariga que se transforma num anfíbio verde e viscoso. A partir daí, numa grande aventura cheia de magia e belas canções, as duas pequenas criaturas vão ter de descobrir a forma de acabar com a maldição e, já agora, viverem felizes para sempre… Com as vozes de John Goodman, Anika Noni Rose, Oprah Winfrey, David Keith, etc., é o regresso dos estúdios da Walt Disney à fórmula tradicional de animação através do desenho manual.
Local a visitar: Chegámos finalmente ao filme que deu origem à segunda vaga renascentista da Walt Disney Pictures. Graças ao filme “A Princesa e o Sapo” não há local mais mágico a visitar que a incrível cidade de Nova Orleães no estado do Louisiana nos Estados Unidos da América. O local é conhecido pela sua culinária e pelo facto de apresentar um legado fortíssimo de multiculturalidade – não só por ter sido fundada pelos colonos franceses, mas também pelas tradições espanholas e, obviamente, afro-americanas. A “casa do jazz” não precisa de muitas palavras para ser descrita, para isso temos música. Assiste ao vídeo abaixo, referente ao prólogo do filme da Disney, onde podes ouvir a música “Down in New Orleans”.
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